quinta-feira, 10 de julho de 2008

Piso salarial: sua importância para o jovem estudante

Por Thaísa Franco

Uma das grandes preocupações dos universitários que estão se formando é a questão salarial. As mensalidades dos cursos superiores ficam cada vez mais caras e o mercado de trabalho mais difícil. O salário deve ser pautado desde o início do curso, para o jovem não sofrer com as conseqüências no futuro, é bom ser alertado assim que entra na faculdade.

O piso salarial dos administradores, por exemplo, está em R$950, e o curso de administração custa em média R$700,00 por mês. A estudante de administração Priscila Cardoso, 28 anos, está se formando neste semestre e não está preocupada com o salário. “Estou me formando, e tenho uma visão a longo prazo do que vou ter como administradora. Acho que quem faz o salário é a própria pessoa, temos um leque de oportunidades, basta saber aproveitá-las da forma correta”, diz a estudante.

Já no jornalismo, o piso salarial para quem pretende trabalhar em jornais impressos é de R$1.478,80. Na área de mídia eletrônica é de R$1.244,51. Isso no Distrito Federal, que tem um dos melhores pisos salariais na área de jornalismo em todo o Brasil. De acordo com a jornalista recém-formada, Marina Paula, 21 anos, que desde o início do curso fez estágios na área, disse que é essencial ter experiência para melhorar o currículo. “Muitos estudantes não têm experiências ao longo do curso e, principalmente na área de comunicação fazemos uso dessas informações adquiridas nos estágios. Isso contou muito para a gratificação que recebo hoje. No meu caso foi de essencial importância, apesar de não ter carteira assinada” ensina a jornalista que atua na mídia impressa.

Para os professores houve recentemente um reajuste no piso salarial, que foi alterado para R$950,00. A mensalidade do curso de pedagogia custa em média R$650,00. “O salário divide opiniões, pois a responsabilidade de um professor é muito grande. Trata-se de educação para crianças e adolescentes, fase em que o ensino é de fundamental necessidade para o restante da vida acadêmica das pessoas”, orienta a assistente social Juliana Nunes.


As variações salariais são muitas nos diversos cursos. Uma das preocupações, da maioria dos jovens e estudantes universitários é se depois de concluído o curso irá conseguir um emprego que seja bem remunerado e que esteja de acordo com o piso salarial da categoria.

Essa é a situação em que passa Leandro Vilar, de 27 anos, que se formou em Processamento de Dados há aproximadamente dois anos, e até hoje não conseguiu um emprego de acordo suas expectativas. “O mercado exige muito além do curso superior, querem cursos e mais cursos dentro da minha área, o que tem um custo muito elevado, e se torna difícil de manter”, desabafa o analista.

Uma das opções procuradas pelos estudantes recém-formados, é fazer um curso de especialização ou pós-graduação, para melhorar sua qualificação profissional e, com isso, ir à luta por um emprego que esteja à altura do investimento feito na faculdade.
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